30.9.06

Viver a vida



-Onde pensas que vais??? - Disse o pai relutante.
-Eu??? Vou partir, vou viver a vida, a minha vida. Vou aproveitar cada momento e aprender a saboreá-lo, e perceber o que há de especial em cada um deles - Respondeu o filho.
-E vais abandonar tudo aquilo que construíste??? Depois de tudo aquilo que tens feito para...
-Não pai, eu não construi nada... foi o pai que o fez... eu apenas tenho vindo a viver a sua vida... aquela que nunca teve a oportunidade de viver....
-Não me insultes, não...
-Eu nunca vivi nada que tenho sido feito por mim... cada gesto, cada sinal meu era pensado por si... olhe para mim pai... eu apenas sou o o seu espelho andante.
-O quê???
-Por acaso tive alguma chance de viver os meus sonhos??? Não me parece... porque sempre os oprimiu, afogou-os e nunca mais os deixou respirar.
-Se nos vais abandonar... fica sabendo que aquela porta só vai ter um único sentido para ti... o de ida... porque de resto... não mais te reconhecerei.
-Não se incomode... não me parece que vá marcar grandes diferenças... porque afinal... sempre que olhavas para mim, nunca vias um filho... vias um homem, aquele que querias ser.

(Baseado numa parte do filme "Clube dos Poetas Mortos")
Infelizmente esta é uma realidade vivida por muitos filhos, que vivem os sonhos dos pais e não os deles....
Luís Lanção

23.9.06

JOSÉ CARDOSO PIRES




'Que sorte que Lisboa tem de ter alguém a escrever sobre ela tão bem como ele escreve'
(...)


«Logo a abrir, apareces‑me pousada sobre o Tejo como uma cidade de navegar. Não me admiro: sempre que me sinto em alturas de abranger o mundo, no pico dum miradouro ou sentado numa nuvem, vejo‑te em cidade‑nave, barca com ruas e jardins por dentro, e até a brisa que corre me sabe a sal. Há ondas de mar aberto desenhadas nas tuas calçadas; há âncoras, há sereias. O convés, em praça larga com uma rosa‑dos‑ventos bordada no empedrado, tem a comandá‑lo duas colunas saídas das águas que fazem guarda de honra à partida para os oceanos. Ladeiam a proa ou figuram como tal, é a ideia que dão; um pouco atrás, está um rei‑menino montado num cavalo verde a olhar, por entre elas, para o outro lado da Terra e a seus pés vêem‑se nomes de navegadores e datas de descobrimentos anotados a basalto no terreiro batido pelo sol. Em frente é o rio que corre para os meridianos do paraíso. O tal Tejo de que falam os cronistas enlouquecidos, povoando‑o de tritões a cavalo de golfinhos.

[...]

Finis Terrae

A última Vista da Cidade será uma cortina de gaivotas enfurecidas a levantarem‑se entre mim e o Tejo.
Na altura estarei, ou estou ainda, sentado num café‑snack do Terreiro do Paço junto ao cais dos cacilheiros, com uma larga vidraça a separar‑me do rio. Café Atinel, que nome mais estúpido. Olho as mesas vazias e pergunto‑me por que razão é que um sítio assim, tão privilegiado, consegue estar desconhecido. Por mim não quero outra coisa: barcos que chegam, barcos que partem, gente de entrar e sair a servir‑se ao balcão, e eu sentado em cima do Tejo.
Tal como estou tenho a cidade pelas costas. Comércio, multidão, Europa, fica tudo para trás. Lá as pessoas andam todas a perguntar as horas umas às outras, enquanto que neste reduto para aqui esquecido sabe‑se do correr do dia pelo mudar da cor do Tejo, e não me digam que não é uma felicidade estar‑se assim, à mesa sobre as águas, com gaivotas a saírem‑nos de baixo dos pés e a passarem‑nos a dois palmos dos olhos num bailado de gritaria.
Tempo bom, o desta solidão. Tempo melhor ainda, lembram os eméritos de biblioteca num ulissiponês de fazer inveja, quando se via a olho a nu o Promontório da Lua por toda essa costa além. Tempo, dizem, em que nas margens da Outra Banda havia areias que escorriam ouro (Marco Terêncio fala disso) e pastagens celestes onde as éguas emprenhavam pelo vento. Tempo de poeiras luminosas e lágrimas lunares. E de pérolas. E de tritões. Tritões cantadores como aquele que consta da Descrição da Cidade de Lisboa de Damião de Góis. "Noutros tempos, longos tempos, havia em Lisboa uma sereia..." Conheço uns versos de Robert Desnos que começam desta maneira mas é melhor ficar por aqui porque o Tejo não é de fábula nem de poema e corre sem nostalgias. E Lisboa a mesma coisa, disso podemos estar nós bem seguros. Só que, com o saber dos séculos e os sinais de muito mundo que a perfazem, sugere várias leituras, e daí que a cada visitante sua Lisboa, como tantas vezes se ouve dizer.
Daí também que nós, os que somos dela, lhe estejamos tão errantes na paixão. Um dia pode acontecer que, sentados como agora sobre o rio, a tentemos ler pela voz dos outros e então ainda nos sentiremos mais errantes, mais incertos. Entre uma Lisboa de Tirso de Molina, saudada como a “oitava maravilha”, e a Lisboa de Fielding, o genial, que a amaldiçoou como um pesadelo leproso, correm águas insondáveis. Beckford viveu-a em palácio, Sade inventou-a num cárcere de rancores. “Lisboa oferece uma apreciável variedade de escolhas para um nobre suicídio”, escreveu um dos grandes narradores dela, Antonio Tabucchi. Vozes, tudo vozes. Olhares. Memorações.
Quando por fim fechamos a página onde líamos a cidade, descobrimos que a vidraça do café está toldada por uma dança de gaivotas em turbilhão e que não há Tejo. Que desapareceu por trás duma desordem de asas e já não é prenúncio de oceano.
Então, ternamente, confiadamente, reconhecemo-nos ainda mais ancorados à cidade que nos viu partir.»
.
in 'Lisboa, livro de bordo', José Cardoso Pires
*
JOSÉ CARDOSO PIRES
[S. João do Peso (Castelo Branco), 1925 - Lisboa, 1998]
*


Autor diversificado, do romance à sátira política, passando pelo teatro e pela crónica, José Cardoso Pires é considerado um dos maiores e melhores prosadores e contadores de histórias da literatura portuguesa contemporânea, tendo obras traduzidas numa quinzena de línguas. Nunca tendo integrado qualquer corrente literária específica - considerava-se a si próprio um "integrado marginal" -, acusa, no entanto, influências várias, desde o neo-realismo, no início da carreira, ao surrealismo, passando por Tchekov e por autores americanos como Poe, Hemingway, Melville. Resulta daqui um realismo crítico de estilo muito pessoal, caracterizado por grande depuração, tanto ao nível narrativo como sintáctico e vocabular, uma prosa viva e objectiva que foi tendo na actividade jornalística, desenvolvida ao longo dos anos, a sua oficina permanente. A ligação do autor ao jornalismo começou na adolescência e manteve-se regularmente, sendo os marcos mais importantes deste percurso as passagens pela revista Almanaque, pelo Jornal do Fundão, pelo Diário de Lisboa e pelo Público. É também apontado à sua escrita um cariz cinematográfico, de certa forma corroborado pelas várias adaptações de contos seus para o cinema.
Indiscutivelmente, abriu uma página nova na Literatura Portuguesa e soube multiplicá-la, sempre fiel ao seu estilo, muito próprio.
Quando lemos José Cardoso Pires, entramos numa esfera onde mergulham a palavra, a memória e o Mundo.

BIBLIOGRAFIA:


Os Caminheiros e Outros Contos (Contos), 1949

Histórias de Amor (Contos), 1952

O Anjo Ancorado (Novela), 1958 ; 1990

Cartilha do Marialva, 1960

O Render dos Heróis (Teatro), 1960

Jogos de Azar (Contos), 1963 ; 1993

O Hóspede de Job (Romance), 1963 ; 1992

O Delfim (Romance), 1968 ; 1999

Dinossauro Excelentíssimo (Sátira), 1972

E agora, José ?, 1977

O Burro em Pé (Contos), 1979

Corpo-Delito na Sala de Espelhos, 1980

Balada da Praia dos Cães (Romance), 1982 ; 1989

Alexandra Alpha (Romance), 1987

A República dos Corvos (Contos), 1988

Cardoso Pires por Cardoso Pires (Crónicas), 1991

A Cavalo no Diabo (Crónicas), 1994

De Profundis, Valsa Lenta (Crónicas), 1997

Lisboa, Livro de Bordo (Crónicas), 1997

Dispersos I - Literatura, org. de Vasco Rosa, 2005
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CC

CLUBE DOS POETAS ETERNOS - CARPE DIEM

(Um post do meu blog pessoal, datado de 10/6, que partilho aqui...)

CC




«Alguma vez na vida e, no momento oportuno, é necessário acreditar no impossível»



Ao longo da minha carreira de docente - já com 23 anos - tenho partilhado com as pessoas-alunos, com quem estabeleço sempre laços de amizade profunda, os meus 'tesouros privados'. Passagens de livros, músicas, pintura, paisagens, filmes...

O espólio do 'belo' torna-se mais belo quando o partilhamos. Tal como a chama de uma vela, que pode acender muitas outras, que acenderão ainda mais...

Nas últimas aulas, como base de um trabalho de escrita argumentativa para avaliação, (re)vimos juntos o filme 'Clube dos Poetas Mortos'.
Conheço bem os cerca de 120 jovens com quem tive a alegria de trabalhar este ano lectivo. Conheço-os pelo nome. Conheço-os pela essência... pelo sorriso que não mente, pelos olhos infinitos repletos de sonhos e de esperança. Conheço-os pela cultura diversificada de onde são oriundos. Conheço-os pela alegria que generosamente partilham comigo. Conheço-os pelos desgostos, que transbordam em palavras nos intervalos, quando me procuram e me acompanham pelos corredores, em passo lento, tentando prolongar o tempo para me 'dizerem de si'. E eu ouço-os. E sinto-os.

Numa época em que tanto se tem falado da Srª ministra da educação e das... das considerações que surgem aliadas a propostas inqualificáveis para o ensino/professores... eu optei por me alhear dessas aberrações que constituem notícias diárias, num crescendo de imposições que em nada beneficiam o ensino - muito pelo contrário - e que nem a ficção igualaria. Confesso: desliguei-me desse rol de ataques pessoais à classe profissional dos docentes. Optei por continuar a fazer, com o prazer e o profissionalismo de sempre, aquilo de que gosto muito - uma vida dedicada à docência... a única profissão que me completa.

'Clube dos Poetas Mortos' (a quem eu chamo eternos) é um filme de excepção. Ninguém fica indiferente a este filme, não apenas pelas interpretações brilhantes, mas porque abre a caixinha onde cada um guarda os sonhos e murmura o aviso: 'Carpe Diem'.

Após algumas considerações sobre o filme, cujo (re)visionamento recomendo vivamente, deixarei aqui algumas reflexões de alunos meus, escritas esta semana.

~***~




Um hino à vida no filme
"O clube dos poetas mortos":


O "Clube dos Poetas Mortos" convida-nos a resgatar emoções tantas vezes caladas em nome do progresso e de uma ordem social instituída.
Do passado ressoam vozes que nos devolvem o perfume e o sabor das sensações inocentes e genuínas de que a vida nos alheou e que não fomos capazes de reencontrar nos horizontes da memória.
É que a vida só faz sentido quando- como nos ensina Thoreau -, lhe soubermos "sugar o tutano", ou seja, quando a fruirmos na sua verdadeira essência. Foi por isso que Thoreau abandonou o Progresso e a Civilização e se refugiou na floresta, perto de Walden Pond, tomando como interlocutora privilegiada a própria Natureza. É por isso que Keating sugere aos seus alunos que quebrem as grilhetas que os acorrentam a uma existência sensaborona e deixem transbordar as emoções que vivem em si. Para isso, importa que saibam acolher o chamamento e os ensinamentos daqueles que melhor souberam celebrar a vida: os poetas, em cuja Arte resplandecem as afeições da Humanidade.
Efectivamente, da frase bíblica " nem só de pão vive o Homem", aplicada ao presente contexto, talvez decorra que "nem só de conhecimentos científicos vive o Homem ", já que, como revela Keating "man writes Poetry not because it is cute, but because he is part of the Human Race." 1
Keating, não obstante o ensino tradicionalista que lhe foi ministrado (na mesma escola aonde, anos mais tarde, viria a ser professor), sempre soube corresponder aos ideais estéticos dos clássicos, como dos românticos, de Shakespeare como de Whitman, sem nunca pactuar com uma visão tecnicista da Literatura, que a reduz a um fenómeno mensurável e quantificável.
Também os seus alunos, depois de terem colhido os ensinamentos do mestre, se predispõem a experimentar a filosofia do carpe diem . Assim , as reuniões dos jovens na floresta (na senda de Thoreau e do próprio Keating) permitem-lhes saborear os aromas e paladares da vida, consubstanciados nas palavras dos poetas do passado. Destas reuniões, os jovens regressam mais solidários e fortalecidos, mais confiantes e autónomos, mais livres e amadurecidos.
Depois do encontro com os grandes mestres da Literatura, os alunos de Keating recusam-se a ser objecto da vontade dos adultos, e atrevem-se a delinear os seus próprios objectivos e percursos existenciais. Lamentavelmente, uma Revolução nunca se faz sem que algumas vidas humanas sejam sacrificadas. A vítima desta Revolução foi Neil, o jovem que voluntariamente se recusou a hipotecar a sua alma de artista a uma carreira médica (provavelmente muito bem remunerada).
A administração da escola apressa-se a encontrar um culpado para a morte de Neil. Recusando auto - penalizar - se por ter, ano após ano, coarctado a liberdade dos seus alunos, convertendo-os, assim, em rebeldes potenciais, o director escolhe um alvo mais vulnerável: Keating, que acusa de ter incutido em Neil o desejo de se insurgir contra as determinações do pai.
A expulsão de Keating não consegue deter a marcha da renovação; os ideais e lições de Keating encontraram guarida nos corações dos seus discípulos, plasmando-se claramente no comportamento destes, no final da história.
Por outras palavras, "aniquilou-se" o "capitão", mas permanecem as suas hostes. Já acontecera com Lincoln,2 o homenageado do poema de Whitman que abre com o vocativo "Oh, Captain, my captain". Como tinha assegurado o próprio Keating, não há nada que se possa opor ao curso da liberdade: "it was always thus, and always thus will be ". 3

*



1 Uma tradução possível será : "O Homem escreve Poesia, não pelo facto de ser "giro" fazê-lo, mas pelo facto de ele (homem ) fazer parte da Raça Humana."
2 Abraham Lincoln foi um dos principais responsáveis pela abolição da escravatura nos Estados Unidos da America. Foi eleito Presidente em 1860,e embora tenha sido assassinado em 1865, pouco tempo depois do termo da Guerra Civil, é a ele moralmente que se deve a ratificação, no mesmo ano de 1865, da 13ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos, que decretou a abolição da escravatura.
3 Uma possível tradução será : "Sempre foi assim, e sempre assim o será "

~***~

' (...) «Carpe Diem!», ou melhor, «Vive o dia... agarra o momento!», é a grande mensagem que este belíssimo filme nos tenta transmitir. Passamos a vida à espera de ter tempo ou então a trabalhar arduamente para depois ter tempo. Mas tanto nos viciamos neste ciclo de correria que, ou caímos de cansaço ou, quando esse tempo vem, já não sabemos senão esgotá-lo na rotina que criámos. (...) O tempo não é inesgotável e (...) importa começar a abrir nele, no tempo que hoje nos é dado, clareiras destinadas ao essencial, porque o resto é que pode esperar. Se colocarmos o essencial no horizonte longínquo dos nossos ideais, corremos o risco dramático de não o chegar a viver e a nossa existência seria uma oportunidade perdida! (...) '

Joana Catarino, ESJCP, 10º C

' (...) Gostei muito do filme e saliento o culminar do mesmo, no qual a amizade e o respeito têm um papel fundamental. Noto que é importante ver as adversidades da vida de modos diferentes, conhecer cada coisa de todas as formas, aprender a ver virtudes e defeitos, ser crítico e elogiar. Não devemos sujeitar-nos à primeira impressão ou a estereotipos. (...) Os limites são cruciais e é importante que sejamos nós a defini-los. (...) '

Ana Isabel Garcia, ESJCP, 10º A

' (...) Um dia alguém me fez ver que a expressão Carpe Diem é uma das certezas do mundo, mesmo sabendo que o mundo está cheio de incertezas. Agora sei olhar o dia, não como mais um dia, mas como sendo aquele dia. (...)'

Sara Realista, ESJCP, 10º A

'(...) mas já que as forças divinas, ou meros incidentes biológicos, nos deram o dom de pensar, sentir e compreender, porque não acrescentar mais etapas e momentos que completem a nossa vida tão finita, cultivando pequenos momentos de satisfação eterna? (...)'

Cheila Pinto, ESJCP, 10º A

'(...) a arte de saber viver consiste pois nisto mesmo, no equilíbrio do prazer e da obrigação, sem que um esmague a presença do outro. (...)'

Carlos Daniel Bento, ESJCP, 10º C

'(...) Não sabemos o dia de amanhã. Por isso não se deve fazer grandes planos para o futuro, mas sim abrir os caminhos para o futuro.(...)

Ricardo Santos, ESJCP, 10º F

.***.

Citações do filme



"Fui à floresta viver de livre vontade, para sugar o tutano da vida. Aniquilar tudo o que não era vida. Para, quando morrer, não descobrir que não vivi". - Henry David Thoreau

"Duas estradas divergiam num bosque e eu segui pela menos usada. Isso fez toda a diferença" - Robert Frost


"A pujante peça da vida continua e tu podes contribuir com um verso".

«CARPE DIEM» na 'pub'


Pense um segundo... apelam na pub.
Vive cada momento... sugiro eu. Cada segundo contém um mundo.

Gostei desta 'pub'.
Imagens belíssimas do efémero que é 'eterno enquanto dura'
- já o diziam os mestres poetas -
-
«O amor enquanto dura é eterno.»
F.Pessoa
*
«O amor é eterno ainda que dure um só segundo.»
Borges
*

Como tudo...




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CC

22.9.06

Inimizades de Parte...

Pôr de lado as diferenças



Alguns dias após a celebração do 5º aniversário do atentado ao World Trade Center, dia esse em que todos nós assistimos aterrorizados à catástrofe que foi esse acontecimento.
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Milhares de crianças ficaram orfãs,
Milhares de homens e mulheres viúvos(as),
Milhares de pessoas perderam os seus filhos,
Em suma, muitos perderam alguém especial.
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E agora, 5 anos depois, ao olharmos para trás, e ao vermos a força com que muitos continuam a viver após toda a sua vida ter desabado naquela fatídico dia, ganhamos também nós força e coragem para seguir em frente.
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Contudo, há aquelas que insistem em fazer com que este pesadelo de guerra e morte perdure. Será que os "senhores da guerra" não percebem que ao jogarem xadrez com exércitos inteiros, muitos sofrem e muitos mais morrem lutando por aquilo que acreditam ser o mais correcto? Não será este abuso da integridade e patriotismo do povo também ele um crime? Quando parará este círculo vicioso de morte e sofrimento que teima em alastrar cada dia mais além das suas fronteiras... ?
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....
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....
....
Chega!!!!!!!!!!!!!!!! Basta de casas destruídas e tanques sempre em movimento. Não devemos mais deixar que isto siga em frente..... Abandonemos o racismo e tudo o que nos impeça de viver em harmonia com os outros.
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Coloquemos pois as nossas divergências de lado......... se os animais irracionais o conseguem, uma vez habituados a estarem juntos, porque é que nós, seres humanos, nos continuamos a maltratar se também nós vivemos, tal como dois animais domésticos, dentro de uma grande casa chamada Terra?
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Cabe-nos a nós deixar as inimizades de parte, e construir um futuro melhor...
...

"Deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrámos" - Baden Powell

"Amai-vos uns aos outros como eu vos amei" - Mandamento cristão

"Um dia meus filhos viverão numa nação onde não sejam julgados pela cor de sua pela, mas pelo conteúdo do seu caráter" - Martin Luther King

"Ontem foi embora. Amanhã ainda não veio. Temos somente hoje, comecemos." - Madre Teresa de Calcutá
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Um bom fim de semana para todos....
Carlos Bento, 11ºC

BRILHO...




Expensive Soul


Brilho



ahhhahhh

vemos coisas que não vemos
consumimos demais, o que é que tem?
preocupamo-nos com outros
e esses outros somos nós também
queremos sempre o que não temos
espiritualidade gasta em vão
não podemos ser pequenos (iehhh)
nascemos todos da mesma razão

refrão

(toda a gente, toda a gente yoh)

vamos é curtir
esta vida boa é feita é para sentir (para sentir yoh)
hoje vou tirar o dia para tar na paz
vou onde o sol brilha
tava a ver que nunca mais

vamos é brindar
esta noite é nossa só temos é que festejar
pôr de lado tudo aquilo que nos faz mal
e amanhã será igual

(iehh iehh iehh) 8x

idealizamos o que vemos
o que realmente somos, eu não sei
devemos todos falar menos (ah)
comunicamos sem sabermos bem
sentimento vem de tempo
não há hora certa não
e o momento mais intenso
é quando tu me dás a mão
vou embora fazer história
porque eu também brilho
sem demora é agora
vou levar-te comigo

refrão

vamos é curtir
esta vida boa é feita é para sentir (para sentir yoh)
hoje vou tirar o dia para tar na paz
vou onde o sol brilha
tava a ver que nunca mais

vamos é brindar
esta noite é nossa só temos que festejar
pôr de lado tudo aquilo que nos faz mal
e amanhã será igual

(quando o sol brilha ieh ieh ieh) 3x
(quando tudo nasce ieh ieh ieh)
(quando o sol brilha ieh ieh ieh) 3x
(quando tudo nasce ieh ieh ieh)

meu caro ouvinte
venho por este meio comunicar
não vale apena se irritar
a vida é umas férias que a morte nos dá
hoje tamos aqui amanhã sabemos lá
chega de stressar
chega de ouvir o patrão
vamos é xilar
hoje é noite de verão
com este calor abrasador
ninguém nos pára
não fiques com essa cara
aqui e agora tudo é bom
por favor dj aumenta mais um pouco esse som

(ah sei ei ei ja sabes como é que é)
(ah sei ei ei muda o rumo da maré)
(ah sei ei ei vem para aqui para sermos bués)
(ah sei ei ei manda vir mais um café)

yo manda vir yo manda manda vir aoh) 4x

refrão

vamos é curtir
esta vida boa é feita é para sentir (para sentir yoh)
hoje vou tirar o dia para tar na paz
vou onde o sol brilha
tava a ver que nunca mais

vamos é brindar
esta noite é nossa só temos que festejar
pôr de lado tudo aquilo que nos faz mal
e amanhã será igual

(quando o sol brilha ieh ieh ieh) 3x
(quando tudo nasce ieh ieh ieh)
(quando o sol brilha ieh ieh ieh) 3x
(quando tudo nasce ieh ieh ieh)

21.9.06

UM SOM ATEMPORAL

Não é a melhor canção dos WT, mas gosto. Gosto, gosto e gosto!
Gosto mesmo!
Alguém partilha esta minha WT 'paixão'?
*
Aviso aos incautos: SCP e WT são intocáveis!
(Sorriso da prof)
CC
***

(Para ouvir/ver este som/vídeo,
pressione primeiro PAUSE no som de fundo do blog, que inicia automaticamente)
+

20.9.06

AO ANOITECER


«Nas nossas ruas, ao anoitecer,
Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.»
*
O Sentimento dum Ocidental, Cesário Verde
*
CC

19.9.06

TU NÃO QUISESTE SENÃO O AR...


"A natureza deu-te a água, tu não quiseste senão o ar (...)"
Padre António Vieira
*
CC

15.9.06

A NON DOMINO




A NON DOMINO...
Sem dono.
Porque o pensamento é livre.
E dizê-lo também.
*
CC