8.12.06

CARTAS A DEUS

(Post retirado do meu blog pessoal, que partilho aqui...)







(Imagens do lançamento do livro 'Cartas a Deus'...)


Num dos raros - tão raros! - momentos em que me permito o privilégio de usufruir de umas horas só para mim... entrei muito recentemente na FNAC (Colombo) aqui bem perto de casa, para comprar as poucas prendas de Natal que vou oferecer este ano.

O meu percurso dentro daquele espaço, onde ando com a leveza de quem é guiada pelo apelo dos livros, é sempre idêntico...

Olho para os computadores portáteis, sem abrandar o passo, admiro-lhes a beleza crescente.... sorrio para as máquinas fotográficas (ainda não será neste Natal que me vou oferecer a máquina que gostaria de ter e de que andei a pesquisar as características o ano inteiro...)... e chego aos livros! (Os CD's... e DVD's depois...).

Não vou contar sobre todos os títulos que toquei, as páginas que li, a vontade de fazer ali a minha Lista de Natal para o resto da vida.

Um livro chamou-me de imediato a atenção...

Foi lançado em Outubro, na FNAC : "Cartas a Deus". Uma obra solidária, com testemunhos de figuras públicas nacionais. A edição é da Pena Perfeita e os direitos de autor revertem a favor da AMI - Assistência Médica Internacional.

Parte da seguinte premissa:

"O que diria eu a Deus se tivesse a possibilidade de Lhe enviar uma carta?"

O livro expressa perspectivas de crentes e descrentes, poetas e cientistas, jornalistas e intelectuais, entre dezenas de figuras públicas convidadas, cada uma delas seguindo o caminho da sua sensibilidade e credo.

Li algumas.
Gostei. Muito.

Refreei a vontade de mo oferecer de imediato porque... porque sim.
Mas aconselho-o.
Um excelente livro para um Natal mais solidário e menos solitário.
...

'E se te desafiassem para escrever uma carta dirigida ao mesmo destinatário'?

...


Sorri face a esta ideia.
...

Sorri.
...

Quem sabe...


Ni*

(CC)






«Cresci rodeada de Amor, inspirado por Ti, mas recriado a cada dia por toda a gente com quem me cruzei. Talvez inspirados por Ti, também. Mas, nos meus devaneios, vejo-Te bem mais interessante e inteligente do que Criador de simples marionetas com que brincas a Teu prazer. Vejo-Te bem mais amoroso até pela forma como nos vais colocando, no caminho, as escolhas que nos elevam ou nos reduzem. E sempre que a escolha se aproxima desse Amor, algo em nós torna-se eterno.
No fundo, escrevo-Te a confessar as voltas que Te tenho dado na minha cabeça. As transformações a que Te sujeitei, fruto do conflito do que cresci a acreditar e da realidade incontornável da vida, plena de visões, crenças, rituais tão diferentes e tão iguais, divergências que convergem, no fundo, para um mesmo fim. O tal fim que me motivava à sensação incrível de Presença, de Transcendência que ainda hoje não posso explicar, mas pouco me preocupa.»

"Cartas a Deus", excerto ...